dezembro 25, 2015

É Natal! #4

Quando era miúda, todos gostavam do Natal. Em Outubro já pensava nisso. Começava a enfeitar a casa e a pensar nos brinquedos. Ficava doida com os anúncios que davam a seguir aos desenhos animados. Sonhava com Nenucos, Barbies, Pinypons, e os Polly Pocket e sei lá mais o quê. Depois eram os catálogos dos supermercados, que eu papava de uma ponta à outra, pondo circulo à volta do que queria receber. Tenho muitas saudades dessa altura.
A árvore sempre quase da mesma forma. De compra, luzes brancas, e luzes de várias cores. Mais uma fita menos uma fita. Carregadinha de bolas e bonecos natalíciosPassava a vida a rondar a árvore, na tentativa de desvendar os embrulhos. Apalpava-os, chocalhava-os e, não rara vezes, levantava a fita-cola com muiiiiiiito cuidado para ver o que tinham dentro. O papel acabava sempre por se rasgar! Vai de por fita-cola para remendar.
E da excitação da véspera. Parecia que nunca mais chegava a meia-noite, era o dia mais cumprido do ano. 
Passava santo dia todo na sala. Passeio até à mesa e volto para o quentinho do sofá. Assisto ao filmes e desenhos animados que passam na televisão, enquanto guardo os presentes das mãos alheias. Só ia à cozinha para chatear a minha mãe, enquanto estava de volta dos doces e dos salgados, implorava para "Deixa só abrir uma, só uma, mãe!". Começava sempre pela mais pequena. 
O bacalhau e a carne faziam parte da ceia. E os doces caseiros da D. Filó . Isso não podia faltar. 
Ás dez para meia-noite, já não podiam ouvir-me, de tanto pedinchar, lá faziam-me a vontade.

Actualmente, pouca coisa mudou. A árvore carregada de decoração, mantenho-me todo o santo dia na sala. Há uns anos para cá decidimos substituir o bacalhau e a carne pelo polvo. Dá menos trabalho. Tia Luísa presenteia-nos com o seu tronco de Natal, sonhos e coscorões. A mãe faz o maravilhoso Pão-de-Ló de Alfeizerão, e o Bolo Amarelo. 
Os adultos já são pior que as crianças e não esperam pela meia-noite, acho que em oito anos foi a segunda ou terceira vez que cumprimos a tradição. E contamos com novo elemento na família, até o Dima teve direito à visita do pai Natal. Conforme vamos crescendo as prendas diminuindo. O mais importante é a harmonia, e estarmos juntos com quem amamos.


When I was a kid, everyone likes Christmas. October already thought about it. Began to decorate the house and thinking about toys. I was crazy with ads that looked after the cartoons. I dreamed of Nenucos, Barbies, Pinypons, and Polly Pocket and who knows what else. Then were the catalogs of supermarkets, I Papava from one end to the other, putting circle around the we wanted to get. I miss that time.
The tree almost always the same. Purchase, white lights, and lights of various colors. Another tape least one tape. Loaded balls and natalícios dolls. He spent his life hanging around the tree in an attempt to unravel the packages. Groped them, rattled them and not rare times raised the Scotch tape with veryyyyyyyy carefully to see what they had inside. The paper had just always rip! On a tape to mend.
And the excitement of the day before. It seemed that never arrived at midnight, was the most accomplished of the year.
I spent all day holy in the room. Walk to the table and back to the couch warm. I watch the movies and cartoons that go on television, while I keep the gifts of others' hands. Only went to the kitchen to annoy my mother, while back of sweets and savory, begging for "Lets just open one, only one, mother." Beginning always the smallest.
The cod and beef were part of the supper. And the homemade candy Mrs. Filó. This could not miss.
At ten to midnight, they could no longer hear me, so much beg, there made me the will.
Today, little has changed. The tree full of decoration, keep me all the holy day in the room. A few years ago here we decided to replace cod and meat by octopus. Less work. Aunt Luisa presents us with your Christmas trunk, dreams and wafers. The mother makes wonderful Pão-de-Ló Alfeizerão, and Yellow Cake.
Adults are already worse than children and do not wait for midnight, I think that in eight years was the second or third time we keep the tradition. And we have new element in the family, to the Dima had the right to visit from Father Christmas. As we grow the presents decreasing. The most important is harmony, and being together with those we love.


















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