Nunca fui uma pessoa de grande confiança no que toca a tomar a pílula. Em cada caixa de 21 comprimidinhos era perfeitamente normal que chegasse ao fim e me sobrassem três ou quatro. Havia dias em que tomava 2 as 3 no mesmo dia. Ah, e tal, uma a mais, uma a menos, também não há-de ser nada. Tenho algumas amigas paranóicas que tomam a pílula SEMPRE à mesma hora, até põem alarme no telemóvel e tudo, não vá o diabo tecê-las. A minha regra sempre foi muito mais prática: tomo à hora que me deitar. Seja às oito da noite ou às seis da manhã. E, sinceramente, nunca me dei muito mal com esta regra. Até ao dia, claro.
O amigo de todos os meses, que sempre foi certinho e aparecia na altura devida. Foi-se. Sumiu-se. Passou uma semana, e depois duas, e depois três.
Comecei a dar conta dos sintomas, um sono do tamanho do mundo. Desvalorizei. Depois foram as dores no peito e a sensação de estar sempre apertada e prestes a explodir. E mesmo assim não queria acreditar no óbvio.
Até que depois em conversa com os melhores amigos. Bastou um teste de gravidez. Não achava nada que estivesse grávida, mas convinha começar a despistar hipóteses. Passou-se dias até me mentalizar que tinha que o fazer. Decidi fazê-lo no dia que me diz muito, dia 9. E lá estavam eles, dois tracinhos vermelhos. Não havia margem para dúvidas, eles estavam lá.
Eram 6h da manhã e começámos avisar todos que mereciam saber a notícia em primeira mão. Entre chamadas e mensagens ficaram a saber das boas novas. A família iria aumentar.
Mas nem assim ficamos convencidos. A sério!! Vai daí, fomos ao Hospital, marcámos a primeira consulta. Acho que precisávamos de uma prova física da realidade. Com 6 semanas. Não dava margem para dúvidas. Ali estava a sementinha.
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